Mesmo que nunca venha gerá-lo.
Toda mulher é mãe.
Primeiro da boneca.
Mais tarde do irmãozinho.
Casada, é mãe do marido, antes de sê-lo dos filhos.
Sem filhos, será mãe adotiva ou madrinha.
Entregará a alguém os benefícios do seu amor.
Os sobrinhos, os filhos alheios, talvez uma justa causa.
Joana D´Arc foi mãe de sua causa e por ela morreu queimada, como qualquer mãe morreria por seu filho.
Quantas mulheres, que a vida não escolheu para a maternidade de seus próprios filhos, não se tornaram mães das próprias mães?
Quantas?
Ou do pai ou do avô.
A maternidade é irreprimível.
Como uma fonte de água que uma pedra obstrui, ela vai brotar mais adiante.
A freira é filha de Deus, mas numa repetição perpétua do mistério da Virgem, torna-se mãe de Jesus.
Na guerra, a mulher é mãe dos feridos, mesmo que usem outras bandeiras e vistam outro uniforme.
A maternidade não tem fronteiras, não tem cor, não tem preferências.
É das poucas coisas que bastam a si próprias.
Tem a sua própria religião.
Tem a sua própria ideologia.
Causa, origem, começo.
Toda mulher é mãe.
Feliz Dia das
Mães
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